Os países da Ásia devem acumular mais poder econômico global do que os Estados Unidos e a Europa somados até 2030, e a economia chinesa ultrapassará a americana, tornando-se a maior do mundo, diz um novo relatório elaborado por um órgão do governo americano.
O documento também alerta para um declínio do crescimento e dos padrões de vida nos países mais desenvolvidos, acompanhando uma tendência de envelhecimento populacional.
O relatório Global Trends 2030 mapeia algumas das maiores tendências internacionais e diz ter como objetivo promover o pensamento estratégico.
O documento é publicado a cada quatro anos pelo Conselho Nacional de Inteligência (NIC, na sigla em inglês) - um órgão do governo americano que compila centenas de relatórios feitos por universidades, empresas e agências de inteligência, como a CIA.
Superpotência
O relatório sugere que até 2030, a Ásia terá mais poder de forma geral do que os Estados Unidos e a Europa combinados - levando em conta o tamanho da população, PIB (Produto Interno Bruto) e gastos nos setores militar e de tecnologia.
'Só a China provavelmente terá a maior economia, ultrapassando os Estados Unidos alguns anos antes de 2030. Enquanto isso, as economias da Europa, Japão e Rússia devem continuar seus relativos declínios', diz o documento.
Mas, em suas considerações, o NIC não vê a China como uma superpotência semelhante aos Estados Unidos, capaz de formar coalizões para lidar com temas internacionais.
'Ser a maior economia é importante, (mas) não é necessariamente a maior potência econômica que vai ser a superpotência', avalia Matthew Burrows, membro do órgão do governo americano.
Tendências
Entre as 'megatendências' identificadas pelo relatório aparece a transferência de mais poder para os países em desenvolvimento, no leste e no sul do planeta.
Entre outros assuntos que deveriam receber atenção, segundo o levantamento, estão uma crescente classe média global e a diminuição dos recursos naturais do planeta.
Dentro de duas décadas, de acordo com as previsões do documento, os Estados Unidos atingirão independência energética e o tamanho das populações urbanas ao redor do mundo aumentará ainda mais.
Mas, na avaliação dos pesquisadores, questões sobre a economia global, governança, a evolução dos tipos de conflito, o surgimento de novas potências, novas tecnologias e o futuro papel dos Estados Unidos podem ter um impacto significativo no cenário mundial dos próximos 20 anos.
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