Cientistas criam bactéria E. coli sintética que combate infecções
16 ago2011 - 13h11
(atualizado às 14h08)
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Biólogos de Cingapura projetaram uma bactéria sintética que detecta e destrói a Pseudomona aeruginosa, uma dos principais causadoras das infecções hospitalares. Os cientistas, que publicaram seu trabalho nesta terça-feira em Molecular Systems Biology, esperam que esta tecnologia sirva para desenvolver novos métodos para combater bactérias que são cada vez mais resistentes aos antibióticos.
Apesar de estudos anteriores, os cientistas demonstraram o potencial das bactérias criadas para tratar infecções, e esta é a primeira vez que uma destas bactérias sintéticas consegue detectar e eliminar um patogênico específico em um cultivo de laboratório, disse um dos autores, Matthew Wook Chang, da Universidade Tecnológica Nanyang de Cingapura. Segundo Chang, o próximo passo será experimentar em animais, antes que se possam realizar testes clínicos com humanos. O tratamento poderia administrar-se em forma de pastilha ou de bebida probiótica.
A P. aeruginosa pode causar infecções respiratórias e gastrintestinais frequentemente letais em pacientes gravemente doentes e com o sistema imunológico fraco, sobretudo em hospitais. A bactéria é cada vez mais resistente aos antibióticos, o que torna mais urgente a necessidade de novos tratamentos, afirma o estudo. Para combatê-la, os pesquisadores desenvolveram uma variante da Escherichia coli, uma bactéria presente no intestino dos humanos, que combinada com partes da própria P. aeruginosa pode detectar e destruí-la.
A vantagem deste sistema em relação aos antibióticos é que permite prevenir as infecções, assinalaram os autores à Agência Efe. "Se nossas bactérias projetadas já estão presentes no intestino humano podem destruir os patógenos infecciosos enquanto que penetram no intestino, inclusive antes que se produza uma infecção grave", explicaram.
Imagem mostra escultura da bactéria E. Coli: os artefatos de vidro são aproximadamente 1 milhão de vezes maior que o tamanho real
Foto: Luke Jerram / Divulgação
O artista Luke Jerram cria também concepções de mutações de vírus e bactérias. O britânico afirma que os modelos são mais reais, fugindo das cores artificiais geralmente utilizadas
Foto: Luke Jerram / Divulgação
Artista britânico Luke Jerram começou sua carreira em 1997. Imagem mostra a escultura do vírus da aids, o HIV
Foto: Luke Jerram / Divulgação
Jerram cria as esculturas com a ajuda de virologistas da Universidade de Bristol. Foto mostra modelo de vírus da varíola
Foto: Luke Jerram / Divulgação
O artista utiliza-se de uma combinação de diferentes fotografias e modelos científicos de vírus e bactérias
Foto: Luke Jerram / Divulgação
O vírus da imagem, chamado de coronavirus, é responsável pelo resfriado comum e pode ocasionar pneumonia
Foto: Luke Jerram / Divulgação
Imagem mostra a escultura de uma enterobactéria da espécie Enterobacteria phage T4
Foto: Luke Jerram / Divulgação
As imagens seguintes e esta retratam o vírus da gripe suína, ou H1N1
Foto: Luke Jerram / Divulgação
Segundo Jerram, os modelos foram criados para contemplar o impacto global de cada doença
Foto: Luke Jerram / Divulgação
O artista diz estudar a tensão entre a beleza do trabalho artístico, o que ela representa e qual o impacto dela sobre a humanidade
Foto: Luke Jerram / Divulgação
Luke Jerram já ganhou diversos prêmios devido a suas esculturas
Foto: Luke Jerram / Divulgação
Jerram indaga se uma pessoa comum pensa ao ver imagens coloridas artificialmente se os vírus e bactérias realmente têm aquelas cores